Em um passado não muito distante, as empresas não se preocupavam com as consequências sobre a sua imagem perante consumidores quando da divulgação de planejamentos tributários mais arriscados. Este quadro vem mudando nos últimos anos, mas ainda assim a preocupação depende do “ambiente” do país onde a empresa está sediada ou fazendo negócios.
Recentemente o Ministro Paulo Bernardo questionou (clique aqui para ler) a Google por não recolher impostos no País. Segundo o Ministro grande parte das propagandas contratadas junto a Google são pagas via cartão de crédito no exterior, evitando assim o pagamento de tributos.
A Google prontamente respondeu que recolhe cerca de R$ 733 milhões em impostos no País e que teve um faturamento de R$ 3,5 bilhões em 2013 (cerca de 21% do faturamento).
Sem entrar no mérito da discussão, cabe destacar a preocupação da Google em apresentar rapidamente uma resposta a fim de preservar sua imagem.
Em um mundo recém saído da crise e com governos deficitários precisando de receitas a qualquer custo, existe uma pressão muito grande sobre as empresas que se utilizam de manobras para evitar a tributação. A União Europeia (UE) tem um programa visando combater a evasão fiscal e a fraude fiscal (clique aqui para ver). De acordo com a Comissão Europeia -CE (órgão executivo da UE) a evasão e fraude ocorrem através de paraísos fiscais e agressivos planejamento tributários implementados por grandes empresas. A CE acrescenta ainda que a perda de recursos impede a implementação de políticas sociais.